Acreditar nas instituições é a via de pacificação à Nação

O quadro é de preocupação relativamente à situação político-administrativa do nosso País, com o acirramento de posições ideológicas radicalmente antagônicas. Nem mesmo a atuação do Judiciário conseguiu amainar os ânimos, aliás, o próprio Poder tem sido fonte de questionamento em relação a atos de alguns de seus agentes, apesar de não restar alternativa a não ser o cumprimento de ordens daí emanadas. De certa forma, a culminância desse quadro teria ocorrido com a prisão de um ex-presidente da República, algo inédito na nossa História. Todavia, ao que se pressente, o encarceramento do senhor Luiz Inácio Lula da Silva não encerra o quadro, razão pela qual resta propugnar pela pacificação do País, tendo como baliza inarredável o verbo “acreditar” nas nossas instituições para que não nos percamos em emoções individuais e, queira Deus, coletivas.

A Maçonaria, constituída por livres pensadores, em sua sublime sabedoria, e que sempre andou pelo caminho da pacificação, não poderia ficar alheia e indiferente a este momento enfrentado pela nossa amada Pátria. Nós, os maçons, no âmbito da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), estamos com a bandeira da paz, que, necessariamente, passa pelo reconhecimento e pelo respeito às instituições, aí compreendidas as leis, as normas e os regulamentos em vigor. Se algo estiver em desacordo nesse particular, que sejam procedidas as mudanças necessárias pelo Congresso Nacional.

É sabido pela Nação que o próprio Legislativo está na berlinda dos maus vícios em razão de um farto número de seus membros ser frequentemente acusado de corrupção, além de outros estarem condenados ou presos por esse mesmo motivo. Contudo, como numa democracia as casas legislativas não podem ser prescindidas, é de se acreditar que sua renovação dentro de alguns meses possa resolver essa terrível raiz que caruncha a confiança da população em seus representantes nos parlamentos. É que, uma vez lá instalados, eles entram na nefasta institucionalização dos malfeitos, salvo, claro, as reconhecidas exceções.

Nesse sentido, a CMSB lembra o seu propósito, circunscrito em campanha nacional, na defesa do voto consciente. Que os eleitores examinem, de fato, quem é o candidato, se ele tem ficha limpa diante da lei ou mesmo se é um cidadão de conduta ilibada no convívio em sociedade. De pronto, nessa senda, a CMSB, peremptoriamente, se posiciona pela plena observância da aplicação da Lei da Ficha Limpa. Dessa forma, quem está condenado por algum colegiado (segunda instância), ainda que caiba eventual recurso ao mérito da acusação, está fora de qualquer disputa por cargo público. Aliás, esse é um fator de pacificação por nós, maçons, propugnado.

Ainda que se trate de um ex-presidente da República – o que lamentamos – a situação do político Lula da Silva está enquadrada nesse dispositivo legal. Essa é a lei. Mesmo que o debate constitucional em torno da situação do político aperreie o entendimento da sociedade, é interessante que se tenha presente que esse é um princípio de liberdade física de um indivíduo, cuja privação cedo ou tarde terá que ser cumprida; já uma eventual candidatura é uma questão em que se pode enquadrar em liberdade coletiva, ou seja, a coletividade não pode ser submetida ao interesse individual.

Mesmo que essa nossa posição venha a criar contrariedades, reforçamos que a pacificação popular, necessariamente, começa pelo respeito aos preceitos que regem o convívio em sociedade.

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